De acordo com Stephanie Pappas, do site Live Science, o embate aconteceu no final de setembro nas margens do rio Três Irmãos, no Pantanal. Segundo os relatos de Chris, a onça (Panthera onca) já tinha tentado lançar um ataque contra um grupo de capivaras que se encontrava pelas redondezas, mas desistiu dos roedores e voltou sua atenção para um enorme jacaré — um dos maiores com o qual o fotógrafo já se deparou por aquelas bandas.
Felino ousado
Conforme contou o fotógrafo, depois de um longo embate entre onça e jacaré, o felino finalmente conseguiu imobilizar o réptil e arrastá-lo durante cerca de 20 minutos da margem do rio até a mata — para dar início ao seu banquete. Pois é caro leitor, se caso se tratasse de uma aposta real e você tivesse apostado na onça, você teria vencido!
(Chris Bunskill)
Mas tem mais informações interessantes sobre a coisa toda: os animais da espécie P. oncasão os únicos do gênero Panthera que ainda habitam nas Américas e, no passado, podiam ser encontrados em todo o continente, incluindo o sudoeste dos EUA. Infelizmente, esses felinos foram perdendo espaço ao longo dos anos (e sendo mortos) para dar lugar a atividades humanas, e atualmente vivem principalmente na América do Sul e nas porções sul da América Central.
(Chris Bunskill)
No Pantanal, esses felinos continuam perseguindo e caçando suas presas como sempre fizeram e, de acordo com levantamentos realizados por uma organização de proteção às onças, elas se alimentam de pelo menos 85 espécies diferentes que habitam a região. Como você já deve ter deduzido, embora existam presas menos desafiadoras, os jacarés fazem parte do variado cardápio das onças-pintadas.
(Chris Bunskill)
Para capturar esses répteis — que, no Pantanal, podem medir entre 2,5 e 3 metros de comprimento quando adultos —, as onças aplicam seu tradicional ataque, que consiste em cravar seus poderosos dentes na parte posterior da cabeça de suas vítimas.
(Chris Bunskill)
Aliás, de acordo com especialistas nesses felinos, é possível que tanto suas potentes mandíbulas como seus crânios reforçados podem ser adaptações evolutivas que surgiram justamente para permitir que eles pudessem caçar presas como jacarés e tartarugas.
(Chris Bunskill)