Você certamente já ouviu falar a respeito de Stonehenge, aquele famoso impressionante círculo de pedras localizado em Wiltshire, na Inglaterra, não é mesmo? A estrutura conta com cerca de 5 mil anos e, apesar de ser um dos monumentos mais estudados do mundo, até hoje os cientistas tentam entender exatamente qual era a sua origem e finalidade.
Monumento de Stonehenge, na Inglaterra
O mais interessante é que Stonehenge não é único — já que inúmeros círculos com características semelhantes já foram localizados pelo mundo, e inclusive existe um aqui no Brasil, no interior do Amapá. Pois não é que encontraram outras estruturas parecidas com Stonehenge em nosso país? Segundo Sarah Knapton, do portal The Telegraph, desta vez a descoberta aconteceu na Floresta Amazônica e não se trata de um, mas de centenas de círculos!
Amazônia pré-histórica
De acordo com Sarah, a descoberta foi realizada por cientistas brasileiros e britânicos que utilizaram drones para capturar imagens aéreas da floresta, no estado do Acre. Os pesquisadores explicaram que não encontraram círculos compostos por pedras, mas sim valas circulares que, durante séculos, permaneceram ocultas sob a cobertura das árvores.
Círculos descobertos no interior do Acre
Segundo Sarah, essas formações são chamadas geoglifos e, no caso de Stonehenge, elas foram criadas nos estágios iniciais da construção do monumento, cerca de 500 anos antes de as pedras serem levadas até o complexo. Os cientistas localizaram 450 delas no Acre e, assim como acontece com o círculo britânico, os cientistas não sabem qual, exatamente, era o seu propósito.
Mais geoglifos
No entanto, eles acham pouco provável que as valas sejam remanescentes das demarcações de antigas aldeias indígenas, já que não existem sinais de estruturas defensivas ou cercas, e os arqueólogos recuperaram pouquíssimos artefatos durante escavações realizadas na região. Isso indica que os círculos eram usados esporadicamente, e uma das teorias é a de que eles tenham servido como locais para a realização de rituais ou reuniões públicas.
Surpreendente
Os arqueólogos também explicaram que, embora Stonehenge seja 2,5 mil anos mais “velho” do que os geoglifos do Acre, eles provavelmente representam um período semelhante de desenvolvimento social. Outra questão interessante sobre a descoberta dos círculos é que ela contradiz a crença de que a Floresta Amazônica consiste em um ecossistema que permaneceu completamente intocado até a chegada da civilização moderna à região.
Outro dos muitos círculos identificados no Acre
A presença dos geoglifos revelam que ocorreu interferência humana na área muito antes de os colonizadores chegarem por aqui. Os pesquisadores conseguiram levantar 6 mil anos da história de dois dos círculos descobertos e concluíram que a vegetação dessas áreas foi ostensivamente alterada.
Em contrapartida, os cientistas também explicaram que, apesar da ação dos antigos ocupantes na região, sua atividade não levou à degradação da floresta — graças à capacidade das antigas populações indígenas de encontrar meios de usar a terra de forma mais sustentável.
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