Talvez um dos casos mais estudados e amplamente divulgados sobre fantasmas, pelo menos nos Estados Unidos, seja sobre o Voo 401. Em 29 de dezembro de 1972, o avião Tri-Star da empresa aérea Eastern Airlines caiu nos pântanos da Flórida – matando 101 pessoas, o que inclui todos os membros da tripulação e passageiros. O comando do voo estava nas mãos do piloto Bob Loft e do engenheiro Don Repo – os principais indivíduos que foram tidos como responsáveis pelo trágico acidente.
De acordo com futuras investigações, o acidente ocorreu devido à distração dos tripulantes. O voo vinha de Nova York com destino à Miami e, quando se aproximavam da cidade, foi direto em direção aos pântanos do estado. A versão mais aceita é de que o piloto automático foi desligado sem querer pelo comandante Loft enquanto ele e Repo se atentavam ao funcionamento do periscópio. Devido às condições metrológicas da noite, não foi possível distinguir céu e horizonte enquanto se eles aproximavam do chão.
O avião foi cada vez mais para baixo, perdendo altitude rapidamente, porém quando o comandante percebeu o fato e quis reverter a situação já era tarde demais. A cabine do Tri-Star favoreceu esse tipo de erro e, de acordo com as investigações, as causas do acidente foram duas: erro humano e falha de equipamento. Mas diversos componentes do avião que ainda funcionavam foram recuperados após o acidente para serem reaproveitados em outras aeronaves da Eastern.
Equipamentos que foram reaproveitados
Logo depois disso, começaram a surgir boatos estranhos das mais variadas pessoas e nas aeronaves com peças do Voo 401 – de que tanto o comandante Bob Loft como o engenheiro de voo Don Repo eram vistos dentro dos aviões. As aeromoças, por exemplo, falavam que as aeronaves ficavam frias de repente, como se presenças estranhas tomassem forma.
Esses relatos foram fortalecidos por outros pilotos e oficiais de voo que também disseram o mesmo. O ápice foi quando o próprio vice-presidente da Eastern Airlines supostamente falou com o capitão falecido Loft antes de entrar em um voo, só depois dos cumprimentos o reconhecendo – e quando foi procurá-lo e não o encontrou mais. Os relatos desses fantasmas foram vistos em aproximadamente 30 voos da Eastern.
O comandante Robert Loft (esquerda) e o engenheiro de voo Don Repo (direita)
Foi então que John G. Fuller passou a investigar o assunto, reunindo investigações policiais e relatos de comandantes para publicar o livro O Fantasma do Voo 401. Mas a investigação sobrenatural do caso, por assim dizer, foi difícil de ser realizada devido à resistência dos empregados em falar do assunto e as livros de bordo que foram ocultados pela Western (documentos que continham detalhes dos voos).
O fato é que foi confirmado que as peças do Voo 401 foram reaproveitadas em outros aviões, justamente naqueles em que coisas estranhas aconteciam. O caso do Voo 401 é repleto de outros detalhes, com relatos igualmente assombrosos dos familiares de Loft e Repo. Médiuns foram contatados pelas duas famílias, que buscavam algum tipo de conforto e explicação para esses eventos. Seja como for, todas as aparições dos supostos dois fantasmas, que talvez se sentissem culpados pelo acidente (alguns dizem), desaparecerem inexplicavelmente em 1974.
Hoje, toda a história do Voo 401 permanece um mistério e é bastante intrigante. Em 1978, seis anos após o ocorrido, um filme foi feito sobre o caso, batizado com o mesmo nome do livro de Fuller. A Eastern Airlines não quis mais se pronunciar sobre o assunto e assim logo as fontes para alimentar as histórias acabaram – assim como os fantasmas que visitavam as aeronaves.
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